A histórica Cidade do México

México

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Já se imaginou mergulhando num local que respira história e cultura? Se sim, você não pode deixar de conhecer a Cidade do México. Me sinto o próprio Indiana Jones quando estou nesses lugares!

A Cidade do México foi fundada onde antes se encontrava a capital do Império Asteca, que se chamava Tenochtitlán. Os espanhóis destruíam tudo o que fazia lembrar as civilizações conquistadas, principalmente templos religiosos. Depois da conquista, geralmente construíam seus próprios templos sobre os da civilização derrotada com o intuito de apagar os vestígios daquele povo e demonstrar força e poder.

Sobre a segurança na cidade, posso dizer que me senti bem segura. Havia muito policiamento devido à pandemia, mas claro que sempre devemos tomar as devidas precauções.

Vou apresentar um roteiro de 5 dias para que você possa desbravar essa terra maravilhosa! Ah, claro, você pode adaptar para a quantidade de dias que você terá disponível. Meu objetivo aqui é dar informações para que você possa escolher o que é de seu interesse.

No post “O que saber antes de ir ao México?” tem informações sobre o aeroporto, a imigração, casas de câmbio e etc., vai lá se informar!

Chegamos a CDMX por volta das 19h, então não fizemos nada nesse dia a não ser comer, tomar um bom banho e descansar, afinal, nosso voo levou quase 20h, pois fizemos conexão em Santiago e Lima. O motorista do Uber que os levou ao nosso apartamento (reservamos pelo Airbnb), disse que no dia seguinte seria feriado de Reis (o6 de janeiro) e que este ano não haveria comemorações por conta da covid.

O dia de Reis é comemorado com muito entusiasmo pelos mexicanos. As crianças escrevem cartas pedindo presentes e existe a tradição de convidar parentes e amigos para lanchar em suas casas e dividir a famosa rosca de reis.

Depois de uma noite de sono merecida, começamos nosso dia tentando chegar ao Zócalo. Isso porque devido à pandemia, as ruas estavam bloqueadas. Para saber mais sobre “Como está a CDMX nessa pandemia?” basta clicar no link que eu conto tudo lá.

Depois de dar uma baita volta, finalmente entramos na praça! Essa é nada mais e nada menos que a quarta maior praça do mundo! Maiores que ela somente a Praça Tiananmen em Pequim (China) nº1, a Macropraça de Monterrey (México) nº2 e a Praça Vermelha em Moscou (Rússia) nº3.

O nome verdadeiro desta praça é Praça da Constituição, porque foi ali que a Nova Espanha jurou a Constituição Espanhola de 1812. Aí a gente se pergunta: “De onde vem esse nome ZÓCALO?” Seria posto no centro da praça um monumento em comemoração a independência do México. Fizeram a base (zócalo) e deixaram lá, mas o monumento mesmo nunca chegou. As pessoas começaram a usar esse nome ZÓCALO como referência: “te encontro lá no zócalo!” O que aconteceu? Ninguém usa o nome original mais. É Zócalo ou el Zócalo como dizem os mexicanos e ponto final!

Esse local foi o centro político e religioso do império asteca. O palácio do imperador Moctezuma II e o Templo Mayor ficavam ali.

Ela também é palco de manifestações e, para comprovar, olha aí! Manifestantes acampados no meio da praça.

Ainda no Zócalo você vai poder visitar:

A Catedral Metropolitana

Catedral Metropolitana

É a sede da Arquidiocese do México. Esta Catedral é uma das mais antigas das Américas e começou a ser construída em 1573, no lugar onde antes ficava um templo asteca. Tem estilo gótico e 25 sinos em suas torres. É simplesmente linda! Uma riqueza de detalhes para deixar qualquer um de boca aberta!

Altar do Perdão

O Altar do Perdão fica de frente para a nave central. O trabalho do altar é obra do arquiteto espanhol Jerónimo Balbás.

Altar dos Reis

O Altar dos Reis também é obra de Jerónimo Balbás, em estilo barroco mexicano. Começou a ser construído em 1718 por Balbás e foi concluído em 1737 por Francisco Martínez. Fica atrás do Altar do Perdão e do coro, e devido ao seu tamanho foi apelidado de “la cueva dorada” (a “caverna dourada”).

Tem esse nome por causa dos santos ali venerados, a maioria membros da realeza europeia, como por exemplo, os reis que foram canonizados: São Hermenegildo, Santo Henrique, Eduardo, o Confessor e São Casimiro. As imagens de São Luís de França e São Fernando estão no topo do altar.

Ao lado da Catedral Metropolitana fica o Tabernáculo Metropolitano, que é a sede do batistério paroquial e de órgãos de registro de paroquianos.

Tabernáculo Metropolitano

A entrada é gratuita e está aberta todos os dias das 8h às 20h.

O Templo Mayor e o Museu do Templo Mayor

Ao lado da catedral está o principal conjunto de ruínas astecas do que restou de um dos mais importantes templos que existia em Tenochtitlán, atual Cidade do México. Esse templo era conhecido como Huey Teocalli e era dedicado a dois deuses: o da chuva (Tlaloc) e o da guerra (Huitzilopochtli).

Museu do Templo Mayor

O museu fica em frente às ruínas do Templo Mayor. Ele guarda as relíquias encontradas durante as escavações. A visita começa num percurso que leva ao que restou do templo e termina dentro do museu, onde estão expostas as peças encontradas. Claro que não consegui visitá-lo por causa da covid, mas se você for à CDMX, não esqueça de ir lá.

A Entrada custa 70 pesos e fica aberto de terça a domingo, das 09:00 às 17:00. Para maiores informações acesse aqui o link do Museu. Lembrando que, devido à pandemia, o museu está fechado.

O Palácio Nacional do México

Palácio Nacional

Este palácio é a sede da Presidência da República. Quando os espanhóis chegaram, onde está o palácio se encontrava o Palácio de Montezuma II . Foram usadas as mesmas pedras e ruínas do antigo palácio na construção do prédio atual. E para quem gosta de arte, ali você vai encontrar painéis de Diego Rivera que contam a história do México. Show!!!

A entrada é gratuita e funciona de terça a domingo, das 10h às 16h45. Há também visitas guiadas em espanhol e que custam a partir de 120 pesos. (Obs.: fechado momentaneamente devido à pandemia).

Secretaria de Educação Pública

Saindo do Palácio Nacional, a Secretaria de Educação Pública fica a mais ou menos duas quadras. Ali também você vai encontrar mais painéis de Diego Rivera. Viva a arte!

A entrada é gratuita e funciona de segunda a sexta, das 08:00 às 20:00 e fica na Calle República da Argentina # 28, Centro Histórico. (Obs.: fechado momentaneamente devido à pandemia).

Palácio de Bellas Artes

Palácio de Bellas Artes

Saindo do Zócalo, siga pela rua 5 de Mayo, que começa ao lado da Catedral. O Palácio de Bellas Artes fica a seis quarteirões. Aqui também os amantes da arte poderão apreciar painéis de Diego Rivera.

Importante ressaltar que celebridades como Plácido Domingo e Luciano Pavarotti já encantaram o público no palco deste belíssimo teatro.

Parque Alameda Central

Parque Alameda Central

Ao lado do Palácio fica o Parque Alameda Central, onde ocorrem feirinhas de rua com barracas de comidas típicas. Por ali também está o Museu Diego Rivera. Se tiver um tempinho, não deixe de visitar. (Obs.: fechado momentaneamente devido à pandemia).

Museu da Memória e Tolerância

Fachada do Museu da Memória e Tolerância

O objetivo deste museu é fazer com que as pessoas entendam que precisamos dizer não à violência e, que as atrocidades cometidas pela humanidade não sejam esquecidas para que não se repitam.

Você encontrará exposições sobre o Holocausto, que conta com um dos vagões usados para transportar os judeus durante a segunda guerra mundial; o Genocídio Armênio (1915) dentre outras. Se interessou? Para saber mais sobre este museu basta clicar neste link.

Ele fica ali pertinho do Parque Alameda central, bastando atravessar a rua.

A entrada custa 95 pesos. Estudantes pagam 75 pesos e funciona de terça a sexta das 9:00 às 18:00 e sábado e domingo das 10:00 às 19:00. (Obs.: fechado momentaneamente devido à pandemia).

Torre Latinoamericana

Torre Latinoamericana

Saindo do Museu da memória e Tolerância, volte para perto do Palácio de Bellas Artes e procure pelo prédio mais alto que você encontrar. Eis a Torre Latinoamericana! Ela tem 43 andares e uma antena de transmissão de rádio e televisão no topo.

Mas, não é apenas uma simples torre! Ela possui um mirante que te dá uma vista magnífica da cidade e, além disso, tem um restaurante top!

A entrada custa 100 pesos e a Torre fica na Calle Madero. Se você ainda tiver tempo e disposição, vá até a Casa dos Azulejos, um palácio construído em 1737, mas hoje abriga um restaurante tradicional na CDMX chamado Sanborns.

Mercado de La Ciudadela

Quem quiser adquirir uns souvenirs, não deixe de visitar o local. Eu fui a Puebla e o artesanato é bem mais em conta, mas se você não for, aproveite para adquirir umas lembrancinhas aqui. Está a cinco minutos de caminhada do Bellas Artes.

Plaza Garibaldi

Saindo do Bellas Artes ou da Torre, caminhe por cinco quadras, pela Avenida Lázaro Cardenas, até a Plaza Garibaldi. Ali você vai poder ver os famosos Mariachis.

Eu encontrei uma praça vazia e Mariachis aguardando turistas. Havia poucos turistas no local e eu era um dos últimos moicanos rsrs!

O Museu da Tequila fica ali, na entrada da praça e, como vocês já devem estar imaginando, estava fechado. Ali é possível fazer degustação, mas devido à covid, os poucos turistas que estavam por ali ficaram de bico seco. Em Cozumel visitamos uma tequilaria.

Museu da Tequila

Luta livre

Um verdadeiro show teatral que os lutadores apresentam para o público! Devido à pandemia as lutas estavam sendo realizadas, mas o público ficava dentro do carro, estilo drive in mesmo. Em tempos “normais” os lugares mais próximos ao ring são mais caros, porque há a possibilidade de um lutador cair em cima de você e, quando isto acontece, a galera vai à loucuraaaa!

Se você visitar a CDMX, poderá assistir a um espetáculo na Arena México, com capacidade para 16 mil pessoas (sediou lutas de boxe durante as Olimpíadas de 1968). As lutas acontecem todas as terças, sextas entre 19:30 e 20:30 e aos domingos às 17h. Os valores giram em torno de 50 e 400 pesos e pagamento apenas em dinheiro.

Na Arena Coliseo as lutas acontecem aos sábados, a partir das 19:30. Aqui os ingressos são mais baratos.

Dica importante: Não dê bobeira nos bairros onde estas Arenas se encontram porque eles não são lá muito seguros…

Precisa comprar ingresso com antecedência? Não, mas se você quiser, é possível.

Ufaaaa! depois deste dia cheio melhor descansar e ganhar fôlego para os próximos dias!

Roteiro dia 2

Nada melhor que uma boa noite de sono para recarregar as baterias para meter o pé na estrada outra vez!

Museu Nacional de Antropologia

Pedra do Sol

Só para variar o museu estava fechado, mas é uma atração imperdível na CDMX. Possui 23 salas de exposições, então isso significa que se você decidir fazer uma visita completa, precisará de pelo menos metade de um dia para conhecê-lo, se você não parar muito para ler as explicações rsrs, caso contrário precisará de um dia inteiro. Mas, não se preocupe com o almoço. Caso deseje almoçar, existe um restaurante dentro do Museu. Nada mal, né?

Ele está dividido em duas alas: ARQUEOLOGIA E ETNOGRAFIA, onde há peças relacionadas às culturas maia e mexica (é assim que os mexicanos se referem aos astecas), aos povos toltecas, à civilização teotihuacana (povo que vivia nas famosas Pirâmides de Teotihuacán) dentre outras.

O museu guarda a Pedra do Sol, que representa o calendário asteca. Essa relíquia foi encontrada durante as escavações na área do Zócalo, no centro da cidade.

O Museu funciona de terça a domingo, entre 9:00 e 19:00. A entrada custa 80 pesos e pode ser paga no cartão de crédito. A entrada é gratuita para os mexicanos maiores de 60 anos, para os menores de 13 anos, pessoas com necessidades especiais, professores e estudantes. O Museu também oferece visitas guiadas gratuitas em determinados horários que estão suspensas, momentaneamente devido à covid 19. Endereço: Av. Paseo de la Reforma y Calzada Gandhi s/n Col. Chapultepec Polanco.

Como chegar?

As estações de metrô mais próximas são a Auditorio (Linha 7- vai deixar você quase na porta) e Chapultepec (Linha 1). A passagem do metrô custa apenas 5 pesos.

Para informações mais atualizadas visite o site do museu clicando aqui.

Voadores de Papantla

Imagem de Hector Gonzalez em Pixabay

Bem, os voadores de Paplanta não estavam se apresentando, mas em tempos normais, em frente ao Museu de Antropologia ocorrem, diariamente, apresentações desses artistas.

Mas o que é isso?!? Trata-se de um antigo ritual de fertilidade praticado por diversos povos mesoamericanos desde muito antes da colonização. Homens, vestidos com trajes típicos, pulam do alto de um tronco e, amarrados com cordas, eles “voam” sem medo. Bem, não posso afirmar que eles não têm medo, mas posso dizer que devem ser bem corajosos rsrs!

Castelo e Bosque de Chapultepec

Monumento a los Niños Heroes

Depois do Museu Nacional de Antroplogia, continue o passeio seguindo para o Bosque de Chapultepec, que significa na língua nahuatl; “Chapulli” = gafanhoto e “tepe”(tl) = colina, “Chapultepetl” quer dizer “colina do gafanhoto”. Alguém aí se lembrou do “Chapolín Colorado?!?”

O monumento “A los Niños Heroes” , que fica dentro do bosque, é dedicado aos seis cadetes que tinham entre 13 e 17 anos que lutaram, bravamente, para defender o Castelo das tropas americanas que invadiram o México em 1846. Foi a última grande resistência. Diz a história que um dos jovens, vendo que a batalha estava chegando ao fim, se envolveu na bandeira mexicana e pulou do alto do Castelo para que as tropas americanas não capturassem a bandeira… 😥. Sim, o monumento tem uma história triste.

Depois disso tudo, o México assinou um Tratado com os Estados Unidos dando fim à guerra e transferiu boa parte das regiões que hoje fazem parte do sul da Califórnia e do Novo México… (Prefiro não comentar… 😷)

Mas, o bosque é simplesmente lindo! Uma maravilha de parque no meio da cidade. É uma das maiores áreas verdes urbanas da América Latina.

E, de quebra, ainda tem os esquilos que ficam atrás de você esperando comida!

Dentro do bosque fica o Museu Nacional de História, localizado dentro do Castelo de Chapultepec. Você vai precisar de pelo menos 2h para visitá-lo.

O Museu funciona de terça a domingo, de 9h às 17h. A entrada custa 65 pesos. (Obs.: O museu está fechado momentaneamente devido à pandemia).

Avenida Paseo de la Reforma

Uma das mais importantes avenidas da CDMX e possui 12km de extensão. Como todos dizem: “É a Avenida Paulista do México!” Ao longo dessa charmosa avenida arborizada existem vários monumentos. Foi projetada para ligar o Castelo de Chapultepec ao centro da cidade.

Uma das mais importantes avenidas da CDMX e possui 12km de extensão. Ao longo dessa charmosa avenida arborizada existem vários monumentos. Foi projetada para ligar o Castelo de Chapultepec ao centro da cidade.

El Ángel de la Independencia

Esse monumento está localizado no Paseo de la Reforma e foi construído em 1910 em comemoração ao centenário da Guerra da Independência do México. Transformaram ele em mausoléu em honra aos mais importantes heróis desta batalha recentemente. Em janeiro de 2021 estavam fazendo manutenção nele. Do Bosque de Chapultepec é possível avistá-lo.

Roteiro dia 3

Preparados para mais um dia alucinante?!? Neste dia vamos combinar dois lugares maravilhosos, portanto, prepare o coração e siga-me!

Teotihuacán

Imagem de Chepe Nicoli por Pixabay

Vamos às informações técnicas: Teotihuacán está a 55 quilômetros da CDMX. A Pirâmide do Sol, que é a maior estrutura das ruínas, só é menor que a pirâmide de Gizé, no Egito. Essa cidade começou a ser construída 100 AC e teve seu auge cinco séculos depois, quando chegou a ter 200 mil habitantes. Por volta do ano 700 D.C foi abandonada, mas não se sabe o motivo. Quando os mexicas (astecas) surgiram e conquistaram a região central do México, Teotihuacán já existia.

Calçada dos Mortos

Imagem de Makalu por Pixabay - A Calçada dos Mortos vista da Pirâmide da Lua

A Calçada dos Mortos também é conhecida como Rua dos Mortos e Avenida dos Mortos. Ela começa na Pirâmide da Lua e termina num local chamado Cidadela (tem esse nome porque os espanhóis julgavam ser uma base militar). Ela tem cerca de 4km de extensão e 45m de largura (Ui!!!). Ao longo desta Avenida ficam vários templos, palácios, casas de personagens importantes e duas pirâmides, dentre outros edifícios.

Resumindo: Prepare seu espírito explorador, calce seu tênis de caminhada, leve água, chapéu, passe protetor solar e divirta-se!

Como chegar?

Acorde cedo e vá para o Terminal Central de Autobuses del Norte. Você consegue chegar até lá de metrô, pegando a linha 5 e descendo na Estação Autobuses del Norte. Pronto! você já está quase dentro da “rodoviária”. Os ônibus partiam a cada 20 minutos, mas com a pandemia esse intervalo está maior, então se prepare.

Vá até o guichê 8 e diga que você quer ir para as pirâmides de Teotihuacan. Você precisa avisar porque não são todos os ônibus que vão pela zona arqueológica. Anota isso aí! A maior parte das pessoas desembarcam no portão 1, então basicamente é quase “siga o fluxo!”

Se você não quiser ir de ônibus, use o Uber, pois funciona muito bem na cidade. Falando em Uber, conheci um motorista show de bola! O nome dele é Pedro, mas falarei mais dele no post de Puebla.

Tem gente que prefere fazer o passeio com uma agência, combinando com a ida à Basílica. Ir sozinho é mais cansativo, mas sai mais barato. Além disso, é bom controlar o próprio tempo, mas a escolha final é de cada um.

A entrada custa 75 pesos e funciona de todos os dias 9:00 às 17:00. (Obs.: está fechado momentaneamente devido à pandemia).🙄

Santuário de Guadalupe

Situado na Cidade do México, no Monte Tepeyac, a cerca nove quilômetros do Centro, a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, que é a padroeira do México, recebe cerca de 20 milhões de visitantes por ano. Esse santuário é o segundo local católico mais procurado do mundo. Em primeiro lugar temos a Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Interior da Basílica nova

Essa basílica foi construída em 1974, pois a antiga, que data do século XVI sofreu um afundamento. O terreno é movediço, pois a Cidade do México foi construída em cima de um lago aterrado, o Lago de Texcoco.

Basílica antiga construída no século XVI

Agora uma foto de lado. Acho que assim dá para perceber melhor a inclinação. Bizarrooo!

A Basílica nova à esquerda e Basílica antiga à direita

O prédio ao lado da Basílica antiga é a Paroquia de Santa María de Guadalupe. Era um convento no século XVIII.

No santuário tem muito mais para conhecer. Existe um mirante com uma vista incrível! A escadaria já é uma obra de arte!

Escadaria que dá acesso ao mirante
Mirante

E várias igrejas, como o Templo del Pocito, que tem esse nome por existir um poço no seu interior.

E a Capilla de San Miguel, que fica no topo do morro.

Não poderia deixar de mencionar o Campanário e relógio da Basílica.

Como chegar?

SAINDO DA CDMX: Se você estiver no Centro dá para ir de metrô. Desça na estação La Villa-Basílica (Linha 6) ou Deportivo 18 de Marzo (linha 3).

SAINDO DE TEOTIHUACÁN: Se você estiver vindo de Teotihuacan, pegue um ônibus e retorne para o Terminal Portal Norte ou um que vá para o Terminal Indios Verdes. Você pode pegar esses ônibus tanto no Portão 1 como no Portão 2.

A) No Terminal Portal Norte: pegar o metrô – linha 5 (Amarela) na estação Autobuses del Norte até a estação La Raza. Fazer baldeação para a linha 3 (Verde) e descer na estação Deportivo 18 de Marzo.

B) No Terminal Indios Verdes: pegar o metrô – linha 3 (Verde) e descer na estação Deportivo 18 de Marzo.

A entrada é gratuita.

Roteiro dia 4

Bem, nos três primeiros dias estão as atrações básicas para você dizer que conheceu a Cidade do México, mas se você tiver mais um dia ou dois na cidade, você pode fazer Coyoacán + Xochimilco, Coyoacán + Bairro Polanco ou Xochimilco + Bairro Polanco.

Vou apresentar aqui as opções para que você selecione aquelas que mais interessam. Eu fiz Xochimilco e Bairro Polanco porque os museus Frida Kahlo e Diego Riviera estavam fechados (pandemia…). Você também pode aproveitar para passar um dia inteiro em Coyoacán. Se perca pelas ruas desse bairro super acolhedor, porque o que não falta é atração!

Bairro Polanco

Esse bairro é muito moderno e chic! Para quem gosta de fazer compras é um prato cheio. Existem vários shoppings, sendo o Antara o mais famoso deles, abrigando lojas como Carolina Herrera, Lacoste, Hugo Boss, Nike, Sephora, Michael Kors e etc.

Ali você vai se sentir fora da CDMX. Existem muitos descendentes de imigrantes judeus, libaneses, espanhóis, alemães e russos. Vi várias padarias vendendo comida kosher, além das pessoas que estavam transitando pelas ruas não terem traços mexicanos.

Mas, o que fazer e ver neste bairro?

Parque Lincoln

Você pode começar pelo Parque Lincoln. Ele sedia vários eventos no fim de semana. Ótimo para relaxar e curtir a natureza.

Av. Presidente Masaryk

Saindo do Parque, caminhe por esta avenida onde você vai encontrar shoppings e lojas de marcas.

Museu Soumaya

Este é um museu de arte, com arquitetura moderna e que possui um acervo com mais de 60.000 peças. Este acervo é composto por coleções de artes plásticas, artes decorativas, documentos históricos, relíquias religiosas e numismática desde o século XV aos dias de hoje. Vale a pena a visita (ao menos para mim, que amo museus!).💖

A entrada é gratuita e funciona de domingo a sexta das 10:30 às 18:30 e aos sábados das 10:30 às 20:00.

Aquário Inbursa

Foi inaugurado em junho de 2014 com 3.000 animais de 230 espécies diferentes. O aquário possui 5 andares, sendo que 4 são subterrâneos. Para quem nunca visitou um aquário, vale a pena. Se você estiver viajando com crianças, não perca a oportunidade! Eles vão amar!

Funciona de terça a domingo de 10h às 18h e o ingresso custa 130 pesos.

Coyoacán

Coyoacán é um bairro dentro da CDMX, mas com cara de cidade pequena. O nome vem da língua náuatle: coyótl (coiote), hua (partícula possessiva) e can (partícula locativa), ou seja lugar de coiotes.

Esse bairro é palco da história do amor bandido de Frida Kahlo e Diego Rivera – porque eles viviam entre tapas e beijos. Não deixe de passar por lá para conferir seus encantos!

Museu Frida Kahlo

Frida nasceu, viveu e morreu nesta casa que foi doada para que se tornasse um museu em sua homenagem. O acervo é composto de objetos pessoais, obras de arte dela, de Diego Rivera (seu marido) e outros artistas além de objetos de arte popular mexicana e artefatos pré-hispânicos. O museu também é conhecido como “Casa Azul“, porque a casa é pintada em azul cobalto.

Funciona de terça a domingo das 10h às 17:00, sendo que quarta-feira o funcionamento é de 11:00 às 17:00. O ingresso para estrangeiros custa 200 pesos em dias de semana e 220 nos finais de semana. Se você optar pela visita guiada, pagará 600 pesos. (obs.: fechado temporariamente por causa da covid). O Museu Frida Kahlo fica na Calle Londres 247.

Dá para comprar as entradas pela internet? Sim, pelo site oficial, para evitar a fila da bilheteria, que costuma ser grande, em tempos “normais”.

Pode tirar fotos? Gratuitamente somente nos jardins. Dentro da casa é preciso pagar uma taxinha extra de 30 pesos.

Museu Diego Rivera – Anahuacalli

Quando você compras as entradas para o museu Frida Kahlo já está comprando a entrada deste museu. É o combo! O acervo conta com 2.000 peças da coleção de Diego Rivera e mais de 50.000 peças pré-hispânicas, que Diego colecionou durante sua vida. Frida e Diego pretendiam deixar um legado ao povo mexicano e conseguiram! Lindo!

Fica na Calle Museo, 150.

Mercado de Coyoacán

Aqui é um ótimo lugar para almoçar. Existem também vários bares e restaurantes oferecendo comidas típicas. Fica pertinho do museu Frida Kahlo. Aproveite para comprar seu souvenirs! Tem de tudo!

Museu Casa Leon Trotsky

Aproveite o restante do dia para conhecer outras atrações do bairro. O Museu Casa Leon Trotsky funciona na última residência do líder soviético e onde ele foi assassinado com um machado de gelo na nuca por Ramón Mercader.

A entrada custa 40 pesos e funciona de terça a domingo das 10:00 às 17:00. Fica na Av. Río Churubusco, 410. Para tirar fotos é cobrada um taxa de 15 pesos.

Como chegar a Coyoacán?

Dá para ir de metrô – descer na estação Coyoacán (linha 3) ou General Anaya (linha 2). depois que você sair da estação ainda precisa andar um pouco, ou pegar um microonibus até o centrinho. Para conhecer melhor o mapa do metrô, siga o link, pois você vai conseguir identificar o local em que você está, a estação mais próxima e onde precisa fazer baldeação, se necessário. Fiz um print do mapa, que não está muito bonito, mas ao menos serve para dar uma ideia do que você vai encontrar. Mapa metrô CDMX

Também dá para ir de uber/cabify. A corrida do centro custa cerca de 150 pesos.

Canais de Xochimilco

Conhecidos como “Veneza mexicana”, esse canais atraem turistas que vão em busca de um passeio relaxante nas famosas trajineras. É possível contratar grupos de mariachis por algo em torno de 250 pesos. Barcos vendendo comidas típicas vão passar por você também, mas como visitei o local no período da pandemia, não havia marichis nem comida típica ali nos barquinhos.

Assim que você chega na cidade já é abordado por várias pessoas te indicando como chegar ao local onde você vai fazer os passeios. Mesmo só havendo meu grupo indo em direção aos barquinhos, ao longo do caminho fomos abordados por pelo menos, umas 6 pessoas. Geralmente eles fazem isso com o intuito de atrair o turista para a embarcação a para a qual eles trabalham.

E o valor do passeio? Ah, se você vai no meio de uma pandemia vai ser acharcado! O preço por um passeio de 1h hora custa 500 pesos, mas nos cobraram 1.000 pesos pelo passeio, acreditam? É a lei da oferta e da procura. Só havia uma trajinera fazendo o percurso e só nós estávamos ali. Usamos várias técnicas para pechinchar, mas não houve negociação. Morremos em 1.000 pesos, que dá cerca de R$250,00. Era isso ou perder a viagem. Só não sofri mais porque estávamos com um grupo de amigos e dividimos o valor. No fim do passeio o condutor nos pediu a famosa “propina“, que significa gorjeta, mas lamento, já estávamos pagando o dobro do preço do passeio…

Ao longo do trajeto, passamos por algumas ilhas flutuantes (as chinampas que foram declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1987). Passamos pela Ilha das Bonecas e, gente, que coisa horrenda! Parece filme de terror! Aquelas bonecas penduradas por todos os lados, mas não deixa de ser curioso. A história é a seguinte: Don Julian Santana Barrera, que morava nessa ilha, acreditava que as bonecas iriam ajudar a afastar o espírito de uma garota que havia se afogado ali perto anos atrás. Ele morreu em 2001 de ataque cardíaco. Dizem que ele estava perto do mesmo local onde a garota se afogou. Cada um que tire suas conclusões rsrs!

Passamos por outros locais como hortos, que vendem plantas carnívoras, mel, souvenirs dentre outras coisas e restaurantes.

Minha opinião: li muitos relatos de pessoas dizendo que o local é mágico (não caiam nessa). Eu não penso assim, mas a experiência foi boa. Claro que se tudo estivesse funcionando teria sido um pouco mais divertido. Não havia barquinhos vendendo comida, nem música, nem multidão (essa parte me agradou!), mas acredito que cada um precisa visitar e ter a própria experiência. Não que o passeio seja desagradável, mas acho que criei muita expectativa. Depois que você visitar Xochimilco vem aqui nos contar sua experiência! 😁

Como chegar?

Vamos então viajar do Centro da CDMX até Xochimilco.

Compre um cartão de passagem (10 pesos). Não perca esse cartão porque ele serve para trem, ônibus e além disso, pode ser usado para mais de uma pessoa. Uhuuuu! Pegue a linha azul do metrô (5 pesos) e desça na estação Tasqueña. Saindo dali você vai pegar o Trem Ligero (3 pesos). Não tem erro! Saindo do metrô você está colado na estação de trem, mas se ainda assim tiver dúvidas, pergunte a um funcionário da estação.

Só para variar e facilitar nossa vida na pandemia, o trem não estava indo até a estação de Xochimilco. Tivemos de descer na estação Azteca e pegar um ônibus que estava logo na descida da passarela. Como estávamos fazendo integração, não precisamos pagar a passagem. Vamos olhar pelo lado bom: Pude ver o Estádio Azteca, que sediou duas copas do mundo (1970 e 1986).😁

Por fim, descemos no ponto final em Xochimilco e caminhamos mais uns 10 minutos até um dos embarcaderos. Levamos umas 2h para fazer todo o trajeto. Já aviso: o local não é muito bonito não… Havia vários açougues como esse aí da foto espalhados pela rua que pegamos até chegar ao embarcadero.

Roteiro dia 5

Acorde bem cedinho, e parta para Puebla e Cholula. Dediquei um post só para essas cidades, pois elas merecem!

Espero que as informações tenham ido úteis para você. Nos vemos no próximo post!

😉

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