Descubra Chichén Itzá – uma das 7 maravilhas do mundo moderno

México

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Mergulhar na história não tem preço! Assim é Chichén Itzá – pura história! As ruínas desta cidade maia não eram tão cobiçadas pelo mundo até que, em 2007, CHICHÉN ITZÁ foi eleita uma das 7 maravilhas do mundo moderno.

Assim que você entra na cidade já dá aquele friozinho de emoção na barriga!

El Castillo - Templo de Kukulcán

Declarada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1988, Chichén Itzá é hoje um dos sítios arqueológicos mais visitados do México. Está localizada no estado de Yucatán, a 120 km de Mérida, que é a capital do estado. Se você não sabe se precisa de visto dentre outras informações para ir ao México, siga o link do post para ficar por dentro “O que saber antes de ir ao México?”.

Vamos entender um pouquinho da história desta cidade?

Não tem como falar de Chichén Itzá e deixar de fora a história deste lugar mágico! Além disso, é importante saber um pouco sobre o local que você vai visitar antes de chegar lá.

Chichén significa “boca do poço” e Itzá está se refere aos fundadores, os Itzáes “feiticeiros da água”. Juntando tudo, seria algo como “boca dos feiticeiros da água”.

Quando os espanhóis chegaram a Chichén Itzá, no século XVI, a cidade já estava em declínio. Houve uma tentativa de catequizar os maias, porém sem sucesso. Para demonstrar força e poder (porque é assim em toda a história da humanidade, em que uma civilização quer se sobrepor à outra), os espanhóis mataram os sacerdotes e queimaram todos os livros que registravam o conhecimento da civilização maia, para não deixar vestígio nenhum. 🤦‍♀️

Na metade do século XIX, exploradores europeus “descobriram” o local e, desde então, arqueólogos têm trabalhado arduamente para tentar entender e desvendar os segredos de Chichén Itzá, pois quando a cidade foi encontrada, ela estava debaixo de muita vegetação.

A especialista mexicana Claudia García Solís e a sua equipe, trabalharam na restauração e fizeram um trabalho estupendo! O que vemos hoje é fruto da dedicação desses profissionais que conseguiram trazer de volta parte do esplendor de Chichén Itzá!

A cidade é dividida em duas:

Chichén Viejo

Essa parte mais antiga da cidade se concentra na zona onde fica o cenote Xtoloc (parte sul, período de 435 DC).

A localização é estratégica pois, desta forma, a população tinha acesso à água potável. A arquitetura desta área é caracterizada por muitas representações do deus Chaac (deus maia da chuva).

Por volta do ano 670 DC a cidade foi abandonada.

Chichén Nuevo

Após a cidade ser reconstruída pelo Itzá, por volta do ano 918, foi introduzido o culto ao deus Kukulcán, a serpente emplumada. Os prédios que foram erguidos neste período tinham sua imagem representada. A cidade cresceu para a parte norte.

Por volta de 1.200 Chichén Itzá foi derrotada pela cidade rival Mayapán e, em 1.250 ela foi abandonada outra vez, mas continuou sendo um centro de peregrinação religiosa.

Uma das teorias que justificam o abandono da cidade é que houve uma seca longa, de pelo menos uns dois anos e forçou a população a abandonar a cidade.

E os Maias? Eles ainda existem?

E, se você acha que o povo maia desapareceu, errou! Seus descendentes vivem entre a civilização mexicana e centro-americana em regiões como a Península de Yucatán e os estados de Tabasco e Chiapas no México, na Guatemala e parte de Honduras e El Salvador.

Visitando Chichén Itzá pude conhecer umas descendentes que estavam vendendo artesanato (claro que eu comprei umas coisinhas rsrs!).

Artesanato maia

Informação importante: existem teorias e estudos de DNA que apontam que os Maias se originaram dos mongóis. De acordo com estudos arqueológicos, as características físicas dos maias têm traços semelhantes aos dos povos da África, Austrália e de povos mongóis. Isso porque estes povos teriam atravessado o estreito de Bering e teriam se fixado na região mencionada. O mundo é pequeno!!! 😛

Como chegar?

Seguem algumas opções:

Contratando transfer – Eu estava em Tulum e combinei com o Charlie, para nos levar a Chichén Itzá. Ele é um motorista de van super legal, educado, simpático e confiável. Conhecemos ele quando chegamos em Cancún. Fechamos um transfer no aeroporto e ele que nos levou até Playa del Carmen, que foi nosso primeiro ponto de parada no estado de Quintana Roo. Gostamos tanto dele que decidimos pegar o contato rsrs!

O preço dele é super justo e vale muito a pena se você estiver num grupo de, pelo menos, 4 pessoas. Meu grupo tinha 8, então, foi maravilhoso! Anota aí o contato do Charlie: +52 998 293 7309. Se ele não puder levar, certamente vai enviar outra pessoa de confiança. No dia que nos levou a Chichén Itzá, ele nos surpreendeu com suco, água, refrigerante e até iogurte para as crianças. Amei!!! 🥰

Ônibus – esta é a opção mais barata, mas não é a mais rápida. Se você estiver em Cancún, Tulum ou Playa del Carmen, não se preocupe! Basta se dirigir à rodoviária. Saindo de Cancún você pode pegar o ônibus no aeroporto também. Saindo de Playa del Carmen você vai ver uma rodoviária da ADO na Quinta Avenida e, saindo de Tulum, a rodoviária fica na Avenida Tulum entre a Calle Júpiter Norte e Alfa Norte.

Na hora de descer é fácil, pois os ônibus passam na porta da atração e você não precisa se preocupar em procurar o local. Na volta, o ônibus pega os passageiros num estacionamento que fica ao lado do Chichén Itzá. Viu? Super tranquilo.

É necessário comprar os bilhetes com antecedência? Não. Só chegue na rodoviária uma meia hora antes da saída do ônibus. A empresa ADO é que faz o trajeto. É só clicar no link e ver os horários e valores atualizados.

O tempo médio do trajeto em ônibus saindo de Tulum é de 2:30; saindo de Playa del Carmen é de 3:40 e saindo de Cancún é de 2:50.

Tour com agência de viagem – sempre sai mais mais caro, mas você precisa avaliar os prós e os contras. Geralmente esse tour com as agências inclui o cenote Ik Kil e, em algumas agências, o cenote Hubiku também. Além dos cenotes, os tours costumam incluir Valladolid, que é uma cidade bem pequena, com casinhas coloridas. Existem outras variações de passeios? Sim, mas as que eu mencionei são as mais populares.

E, se você ainda não sabe o que são os cenotes, leia o post “O que são os CENOTES?”. Ali eu explico o que são essas belezas naturais.

A parte boa de viajar com uma agência é que você não precisa se preocupar com nada, porque eles têm tudo programado. A parte ruim é que você precisa seguir os horários estipulados pela agência e você pode se sentir um pouco engessado. Os tours variam entre US$70 e US$130 (dólares).

Carro – é a forma mais rápida de conhecer a região, mas não é a mais barata.

Atenção: A estrada tem pedágio e não é aceito pagamento em cartão de débito nem crédito. Leve pesos, pois não dá para usar dólares .

Saindo de Cancún – pegue a estrada 180D para Valladolid e, depois pegue a saída para Pisté. Na dúvida, use o Google Maps ou o Waze, pois funcionam muito bem. Valor total do pedágio (ida e volta): média de 680 pesos.

Saindo de Playa del Carmen – pegue a estrada 305D e depois pegue a 180D para Valladolid, seguindo até o destino final. Utilize o Google Maps ou o Waze. Valor total do pedágio (ida e volta): média de 600 pesos.

Saindo de Tulum – pegue a estrada 109 e depois pegue a 180D para Valladolid até Chichén Itzá. Valor total do pedágio (ida e volta): média de 600 pesos, ou seja, o mesmo valor saindo de Playa del Carmen.

Agora, venha comigo que finalmente vamos conhecer a cidade e seus edifícios!

Chegando na entrada do sítio arqueológico você já será abordado por uma infinidade de guias oferecendo seus serviços. Respire fundo, não se estresse! Se você não quiser contratar um guia, diga: No, gracias, gracias e siga adiante.

Se você tiver interesse, pergunte o valor e NEGOCIE. Eu, particularmente, contratei um guia, porque eu amo conhecer a história contada pelos locais, na visão deles, então é sempre um prazer ter alguém nos mostrando, com orgulho, o que seu país tem de melhor.

Para um grupo de 4 pessoas o guia nos cobrou 800 pesos, cerca de R$200,00, mas claro que choramos um pouquinho e o valor caiu para 700 pesos. O trajeto todo durou umas duas horas.

Dica: Se você quer pegar o local mais vazio, chegue bem cedo ou vá no fim do dia. Como eu fui em janeiro de 2021, em plena pandemia, não havia tanto tumulto, mas a regra é que bem cedo você consegue percorrer o trajeto com mais tranquilidade e consegue tirar fotos sem muita gente estranha nela rsrs!

El Castillo (Templo de Kulkucán)

Templo de Kukulcán

Começamos nosso tour com o guia pela grande e imponente pirâmide do templo de Kukulcán, a Serpente Emplumada (Kukul = sagrado e “can” serpente, ou seja, serpente sagrada). A pirâmide também é conhecida como El Castillo.

É um gigantesco calendário de pedra marcando os solstícios e equinócios, que eram períodos importantes para o ciclo agrícola dos povos que habitavam a região.

É muito lindo! Cada lado da pirâmide possui 91 degraus e, na entrada do templo que fica no topo, existe um único degrau, totalizando os 365 dias do ano! Os seus lados estão alinhados com cada um dos pontos cardeais. Arrasou!

Agora vem uma curiosidade! Nosso guia bateu palmas de frente para a pirâmide e o som que reproduzia era igual ao canto de uma ave da região, conhecida como Quetzal. Claro que não é magia rsrs! Isso é uma questão de interferência de ondas sonoras, mas é beeem legal!

Outra curiosidade que o guia nos contou foi sobre a “descida de Kukulcán. É que no período dos equinócios de primavera (20 ou 21 de março) e de outono (21 ou 22 de setembro), acontece um fenômeno de luzes e sombras que batem na lateral da pirâmide, na fachada Noroeste, e que reflete sete triângulos de luz que são projetados entre os degraus, formando o corpo de uma serpente e, que fica completa com a cabeça de pedra que fica na base das escadarias. Bem, como fui fora deste período, fica aí mais um motivo para retornar. 😎

Campo de jogo de bola mesoamericano (Juego de pelota como os espanhóis chamaram)

Campo de jogo de bola mesoamericano

O campo de Chichén Itzá é o maior campo de que se tem conhecimento. Para iniciar o jogo, uma bola de borracha era arremessada no campo, só que essa bola pesava, em média, de 3 a 4 kg. As equipes, usando apenas as coxas, os braços e os quadris precisavam fazer a bola atravessar um aro de pedra, cujo diâmetro variava entre 40 cm e 80 cm. (Sei que não é impossível, mas nem consigo imaginar tal cousa!!!kkkk).

Aro por onde a bola tinha que passar bem lá em cima!

O aro ficava fixado na vertical a 2m ou mais do solo, mas o de Chichén Itzá ficava a 6m de altura (para ferrar a vida dos jogadores rsrs). O jogo encerrava assim que um dos jogadores conseguisse acertar o alvo, mas é claro que isso era demorado e podia levar horas ou até dias, mas certamente a arquibancada vibrava!

Muitas vezes, os derrotados tinham como destino a morte. Eram sacrificados para servir como oferenda aos deuses e eles eram decapitados ou tinham seus corações arrancados. E aí? Vai uma partidinha? 😬

E a acústica? Ela é excelente! Se você falar ou gritar de um lado do campo a outra pessoa do outro lado certamente vai ouvir. Eu testei e funcionou. 🤪

Templo dos Guerreiros

Templo dos Guerreiros

Esse templo é uma grande pirâmide de degraus. O maias utilizavam esse local para rituais de sacrifícios e oferendas.

Na parte mais alta da escada, bem no topo do templo, existe uma estátua Chac Mool. Esse tipo de estátua representa uma figura humana numa posição reclinada com a cabeça erguida e voltada para um dos lados, segurando algo como se fosse uma bandeja sobre a barriga, mas até o hoje não se sabe ao certo o significado da posição ou da própria estátua. Supõe-se que ela representa um guerreiro morto levando oferenda aos deuses, mas isto é apenas uma suposição.

E não confunda Chac Mool (tipo de estátua) com Chaac (deus da chuva). 🙃

Templo (ou Praça) das Mil Colunas

Imagem de antonmaster por Pixabay

São 200 pilares gigantes que costumavam sustentar tetos de madeira ou feno. Pode ter sido um local de importância religiosa ou um lugar para negócios na cidade, porém, mais uma vez, não se sabe exatamente para que era utilizado. Fica ao lado do Templo dos Guerreiros.

La Iglesia (Igreja)

La Iglesia (a Igreja)

Pequeno templo decorado com máscaras elaboradas. La Iglesia é um dos edifícios mais antigos do sítio arqueológico.

Casa de las Monjas (Convento)

Casa de las Monjas (Convento)

Provavelmente foi um palácio governamental. Os textos hieroglíficos encontrados ali mencionam um governante com o nome de Kʼakʼupakal.

Templo dos Jaguares

Templo dos Jaguares

Esse templo tem esse nome devido às estátuas de jaguares que ficam na sua frente. Acredita-se que neste local ficava a organização militar de Chichén Itzá.

Observatório El Caracol

Observatório El Caracol

Os maias sabiam tudo de astronomia! O Observatório El Caracol recebeu esse nome por causa da escada em espiral de pedra no interior. O Observatório é uma estrutura do ano de 906 e era aqui que os maias seguiam os traços de Vênus, do Sol, da Lua e de outros corpos celestes.

Plataforma de Vênus

Plataforma de Vênus

O edifício Plataforma de Vênus é dedicado ao planeta Vênus, e não poderia ser diferente rsrs! Foi descoberta pelos arqueólogos, no interior da construção, uma coleção de grandes cones esculpidos em pedra, mas também não se sabe a finalidade deles.

Cenote sagrado

Cenote Xtoloc

O cenote foi utilizado para fazer sacrifícios humanos. No início do século XX este “buraco” foi drenado e, metade dos ossos encontrados eram de crianças menores de 18 anos, com idades variando entre quatro e seis anos; a maior parte dos ossos eram de crianças do sexo masculino e os crânios apresentavam graus variados de mutilação. 😷

Parede de crânios

A Parede de Crânios ou Templo das Caveiras é um monumento que deixa bem claro a prática de sacrifícios humanos no local. É uma parece toda esculpidas com crânios e, provavelmente, retrata o fim dos perdedores do jogo de bola, os sacrifícios religiosos, os sacrifícios dos prisioneiros de guerra e assim vai.

Dica importantíssima! Faz muito calor, então leve água, óculos escuros, use sapatos e roupas confortáveis e, não se esqueça de um chapéu ou boné e seu protetor solar.

E eu não poderia deixar de fora a dica dos SOUVENIRS rsrs! Se você quiser comprar lembrancinhas, compre aqui. O valor é muito mais em conta que em Cancún, Tulum ou Playa del Carmen, mas pechinche, negocie! Não pague o primeiro valor que te oferecem. Economizar é comigo mesmo! Outro lugar com preço bom para comprar lembrancinhas é na Isla Mujeres. Vamos falar dela em breve!

Depois de visitar Chichén Itzá ainda fomos ao cenote Ik Kil, cenote Hubiku e Valladolid. Para saber mais, basta seguir o link.

A entrada custa 497 pesos (entrada + taxa estadual) para adultos e a metade do valor para crianças menores de 12 anos. Funciona de segunda a domingo, das 8h às 17h (último acesso às 16h). Os horários especiais como o show de luzes noturno (Noites de Kukulcán), estão suspensos devido à pandemia. Para maiores informações, acesse o site do INAH.

Onde comer?

Se você quiser fazer um lanchinho, ali na entrada do sítio arqueológico tem lanchonete. Deixei para almoçar no cenote Hubiku, que tem um buffet livre e que o Charlie nos indicou. Leia o post de Tulum para ficar por dentro.

Carimbo Chichén Itzá

Alguns pontos turísticos no mundo possuem seu próprio carimbo e você pode carimbar seu passaporte com eles. Chegando na bilheteria, pergunte onde fica o guichê de atendimento e diga que você quer carimbar seu passaporte. Fique tranquilo que você não terá nenhum problema com isso. Eu mesma tenho alguns no meu passaporte. 🙂

E aí? Gostaram de conhecer uma das 7 maravilhas do mundo moderno? Deixe seus comentários e sugestões para podermos melhorar cada vez mais as dicas de viagens.

Um abraço e até!

😉

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